A produção de colágeno, uma proteína crucial para a estrutura dos nossos tecidos, é um processo complexo que ocorre dentro das nossas células. Vamos desvendar esse processo de uma maneira fácil de entender! Tudo começa com o nosso código genético, que está guardado no núcleo celular. Esse código é como uma "receita" (mRNA) que guia a produção de colágeno numa espécie de linha de montagem celular, passando por várias etapas de ajustes. Imagine que sinais especiais, agindo como "mensageiros" químicos, dizem às células quando é o momento certo para produzir mais colágeno. Além disso, para manter os nossos tecidos saudáveis, precisamos quebrar e renovar o colágeno de tempos em tempos. Isso é feito por enzimas, como "operários" especializados, cortando o colágeno em pedacinhos menores chamados aminoácidos. Esses aminoácidos são os "tijolos" fundamentais que usamos para construir e reparar outras partes do nosso corpo. Portanto, a produção e a quebra do colágeno são processos essenciais para manter nossos tecidos funcionando corretamente ao longo do tempo.
A diferença entre as proteínas que comemos e aquelas produzidas internamente é interessante! Quando comemos alimentos ricos em proteínas, como carne, ovos ou legumes, nosso corpo quebra essas proteínas em pedaços menores chamados aminoácidos durante a digestão. Esses aminoácidos são como os "tijolos" que nosso corpo usa para construir novas proteínas, adaptadas às necessidades específicas de cada célula. Por outro lado, as proteínas produzidas internamente são feitas pelas nossas células seguindo as instruções genéticas guardadas no DNA. Esse processo ocorre dentro das células, envolvendo a transcrição do DNA para o RNA mensageiro e, depois, a tradução desse RNA em cadeias de aminoácidos, formando a proteína desejada. As proteínas feitas pelo nosso corpo são reguladas de perto para atender às necessidades específicas de cada célula e desempenham funções especiais nas nossas estruturas e funções corporais. Resumindo, as proteínas que comemos fornecem os aminoácidos que nosso corpo precisa, enquanto as proteínas feitas internamente são adaptadas às exigências específicas de cada célula e tecido, garantindo que tudo funcione em harmonia. Podemos afirmar que a síntese do colágeno está diretamente condicionada à disponibilidade de uma cadeia específica de aminoácidos. Por outro lado, o processo de fragmentação das proteínas presentes em alimentos como frango, carne e ovo é mediado pela ação de enzimas. Quando ocorre uma ferida no corpo, desencadeia-se um intricado processo de sinalização e utilização do colágeno para promover a cicatrização. Inicialmente, as células ao redor da ferida detectam a lesão e emitem sinais químicos, como o fator de crescimento plaquetário, que serve como um chamado para células especializadas. Os fibroblastos, células fundamentais na produção de colágeno, são ativados e migram para a área danificada. Essas células iniciam o processo de síntese de colágeno, seguindo as instruções genéticas contidas no DNA. O mRNA, uma espécie de "receita" genética, é produzido e utilizado na linha de produção celular para construir as cadeias de colágeno. Concomitantemente, enzimas, como a colagenase, entram em cena para quebrar o colágeno existente na matriz extracelular, permitindo uma remodelação eficaz do tecido danificado. Os aminoácidos resultantes da quebra do colágeno são então reutilizados na síntese de novo colágeno e em outros processos de reparo tecidual. Esse complexo ballet celular é crucial para a restauração da integridade dos tecidos e exemplifica a sofisticada orquestração que ocorre durante o processo de cicatrização, onde o colágeno desempenha um papel central na reconstrução e fortalecimento do local lesionado.
Boa parte do colágeno que precisamos já está naturalmente presente no nosso corpo para produção e absorção. No entanto, nosso estilo de vida e o processo natural de envelhecimento, chamado senescência, às vezes dificultam esses processos. Quando buscamos melhorar a saúde da pele, cabelos, unhas e tonificação muscular, muitas vezes recorremos a processos e produtos que prometem resultados rápidos, sem considerar as nossas necessidades individuais. Existem três atores principais na produção e absorção natural de colágeno: condrócitos, fibroblastos e osteoblastos. Essas células fazem parte de grupos que merecem mais estudos na nutrição e fisiologia humana, especialmente quando se trata do colágeno no mundo da prática clínica.
É bom destacar que a necessidade de colágeno varia conforme a fase da vida e a disponibilidade de nutrientes. Nosso corpo ajusta a produção dessas células com base nessas necessidades, então temos um sistema natural e coordenado para a produção e absorção de colágeno. Para aumentar a produção e absorção de colágeno de forma natural, aqui estão algumas orientações:
Pegue um pouco de sol por 20 minutos todos os dias.
Garanta que sua dieta tenha vitaminas e minerais suficientes.
Evite fumar.
Não consuma alimentos ou produtos aos quais você é alérgico ou intolerante.
Ajuste sua dieta conforme suas atividades físicas.
Se você tem condições como doença de Crohn, síndrome do intestino irritável, retocolite ulcerosa ou constipação intestinal, a suplementação de colágeno pode não ser a melhor opção devido à resposta inflamatória local.
Em resumo, para manter uma pele saudável, cabelos e unhas fortes, bem como ossos, tendões e músculos resistentes, é essencial aumentar a absorção de colágeno de maneira natural. Isso só pode ser alcançado por meio de um estilo de vida saudável e escolhas alimentares adequadas. O colágeno é uma proteína incrível, mas não é uma solução mágica para o envelhecimento. Portanto, é crucial adotar uma abordagem integrativa e holística para cuidar da sua saúde e promover uma renovação celular eficaz e harmoniosa. A pesquisa científica continua a revelar os benefícios do colágeno em diversas áreas da saúde e bem-estar, o que torna essencial explorar esses avanços para atingir seus objetivos específicos.
O artigo intitulado "Colágeno Hidrolisado no Combate ao Envelhecimento Cutâneo", de Ana Luiza Costa Lopes, Janaina Quirino Marques e Debora Parreiras da Silva, busca analisar os benefícios do colágeno hidrolisado na pele envelhecida. O envelhecimento natural resulta na redução da produção de colágeno, levando à perda de densidade e espessura da derme, evidenciada por flacidez e afinamento cutâneo. O colágeno, uma proteína endógena, desempenha papéis essenciais na elasticidade da pele e na coesão celular, mas sua diminuição com o tempo está associada ao surgimento de rugas e ressecamento cutâneo. O estudo, realizado por meio de uma revisão literária, abrangeu pesquisas no período de 2006 a 2019, identificando benefícios parciais do colágeno hidrolisado. Entre os artigos revisados, oito apresentaram resultados satisfatórios na suplementação, indicando eficácia contra os efeitos negativos da queda do colágeno na pele. Observou-se melhora na firmeza, elasticidade e hidratação cutânea após 90 dias de suplementação, com aumento progressivo da espessura dérmica. Conclui-se que o colágeno hidrolisado demonstra eficácia como antioxidante, retardando os sinais do envelhecimento e melhorando a autoestima e a aparência da pele.
CRN 11090
JAYME ASSUNÇÃO,
NUTRICIONISTA.
Sempre contribuindo pra uma melhor qualidade de vida e maior instrução de como nos alimentarmos melhor. Parabéns pelo seu trabalho Dr. Jayme.